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Olá amigos!

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domingo, 3 de junho de 2012

Os Sete Anões do Arco-Íris



Há muitos e muitos anos, quando a Terra ainda estava sendo criada, Nosso Senhor chamou sete anjos e deu-lhes uma ordem: cada um teria que cuidar de um elemento no planeta. Cada anjo recebeu uma vestimenta de uma cor diferente, de acordo com suas atribuições.
O primeiro anjo a ser chamado foi o que vestia uma túnica encarnada, pois o encarnado era a cor dos sentimentos. Este era, com efeito, o anjo encarregado de cuidar dos corações dos filhos de Deus. Amor, amizade, alegria, todos eram sentimentos que o anjo teria que suprir aos homens. Para tanto, Nosso Senhor entregou-lhe um baúzinho onde estavam todos os bons sentimentos.
Mas o Criador deu-lhe também um cofre onde estavam encerrados todos os maus sentimentos, como a inveja, a cobiça, a raiva, a preguiça, o mau-humor. Ainda bem que esse cofrinho vivia sempre trancado mas os maus sentimentos, assim como os maus pensamentos, sempre arrumavam um jeitinho, uma brecha, por menor que fosse, para vir atormentar os homens...
O segundo anjo estava vestido em laranja e seria ele quem cuidaria das frutas. O anjo seria o responsável em comandar o tempo certo de cada uma nascer, crescer e amadurecer. Nenhuma fruta no mundo devia ficar madura antes do tempo, foi o que mandou Nosso Senhor. O anjo laranja também devia trazer alegria aos homens da terra sempre que balançasse os galhos carregados de deliciosas frutas, espalhando seu delicado perfume pelo ar. Seu instrumento de trabalho era uma cestinha de jardineiro, cheia de sementes de tudo quanto é fruta que Nosso Senhor queria que crescesse na Terra.
O terceiro anjo trazia uma túnica amarela como os raios do sol e era justamente por isso que Deus mandou que ele cuidasse do astro-rei. O anjo amarelo devia, a partir dali, acordar bem cedinho para despertar o sol para o trabalho diário de aquecer o mundo. Era ele ainda que mandaria que o sol se deitasse mais tarde, no verão, ou mais cedo, no inverno. O anjo amarelo era também quem media a temperatura do sol, para que este não brilhasse muito forte e acabasse queimando os filhos de Deus. O anjo amarelo carregaria, por isso, um enorme termômetro de ouro.
O quarto anjo vestia uma comprida e vistosa túnica verde e seria ele o responsável pelas florestas. O anjo teria que cuidar para que todas as plantinhas crescessem para manter o planeta um bom lugar para os filhos de Deus. Cada folhinha, cada brotinho que nasceriam no mundo teriam todo o cuidado e atenção do anjo verde. Para cumprir sua tarefa, o anjo verde ganhou um bastão com uma enorme esmeralda mágica, que fazia tudo crescer e verdejar.
O quinto anjo, por sua vez, estava vestido em azul, pois azul era a cor do seu elemento. Este anjo seria o responsável pelas águas do nosso planeta. Cada fiozinho de água, seja um regato, um riacho, um rio, um mar ou mesmo um oceano deveriam obedecer a ele. As marés altas e baixas, e até mesmo as enchentes, nada acontecia sem ele saber e mesmo sem ele mandar. Tudo devia ser conforme a vontade de Nosso Senhor. Nas mãos, o anjo azul carregava um cálice de cristal com a mais pura água, retirada da fonte sagrada que existe no céu. Este cálice era mágico pois por mais que o anjo usasse sua água para abastecer a Terra, ele nunca secava.
O sexto anjo estava vestido com uma túnica anil e seria ele o responsável pelas nuvenzinhas que coroam o nosso céu. Era ele que devia comandar os raios e trovões, sempre que Nosso Senhor assim o mandasse, aqui na Terra. E era ele ainda que iria mandar os ventos soprarem forte ou fraquinho, como uma suave brisa, ou ainda comandá-los como violentos tufões e furacões nas batalhas contra os espíritos maus e contra os dragões que sempre tentavam roubar a esperança dos homens. Seu instrumento mágico era um sino, que deveria ser tocado conforme a força e a intensidade dos ventos que deviam soprar sobre o planeta.
O último anjo, o mais lindo de todos, trazia uma túnica brilhante, num magnífico tom violeta. A cor era tão forte que quase chegava a ofuscar os olhos! Nosso Senhor deixou-o por último de propósito. Cada elemento na Terra já tinha seu anjo guardião. Mas faltava algo. Quem iria cuidar dos sonhos dos homens? Esta, disse Deus, seria, pois, a missão do anjo violeta.
Sempre que cada filho de Deus dormisse, ele devia ficar bem pertinho para encaminhar os sonhos de cada pessoa até o Pai celeste, que então via o desejo de cada um de seus filhos e decidia o que poderia ser feito. Ninguém podia ficar de fora, pois todos os sonhos, seja do pobre ou do rico, do feio ou do bonito, deviam ser levados ao Senhor.
O anjo dos sonhos recebeu um imenso cristal violeta em forma de estrela que deveria ser colocado na testa do sonhador.
Feito isso, Nosso Senhor mandou que todos se pusessem ao trabalho e aquele foi um dia muito feliz no céu e na terra.
E para lembrar aos homens que o Pai jamais se esquecia deles, sempre que a fé e a esperança diminuíssem em seus corações, Deus mandava os anjos se darem as mãos e entoarem um hino de louvor, formando um lindo arco-íris no céu, lembrança viva do amor do Pai Eterno pelos seus filhos na Terra.


Gabriela Kopinits

3 comentários:

  1. Adorei encontrar aqui o conto que escrevi há tantos anos, a pedido de uma avó que queria explicar à neta o porquê das cores do arco-íris... Aliás, foi bom encontrar também os vários contos que publiquei há anos no meu antigo site Contos de Fadas.com
    Obrigada!

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    Respostas
    1. Que bom ! Olha cigana Gabriela Foi interessante você se manifestar, pois assim descobri a autoria desses textos tão bons. quando escrever outros me dê um aviso. Assim divulgarei e desta vez colocando o sua autoria porque muitas vezes encontramos bons textos na internet, mas desconhecemos quem é o autor porque muitos postam, não se preocupam em colocar o nome do autor. a propósito tentei entrar em seu site e não consegu. iUm forte abraço.

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    2. Oi professora! Para mim é um prazer participar desse trabalho tão bacana que a senhora faz!
      O site está fora do ar. Estou apenas com um blog - ciganagabriela.blogspot.com e com a fanpage no Facebook - www.facebook.com/pages/Gabriela-Kopinits-a-Cigana-Contadora-de-Estórias
      Em breve estarei lançando meu primeiro livro de estórias - a avisarei e convidarei também.
      Um abraço!

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