twitterfacebookemail

Olá amigos!

Olá amigos!

domingo, 3 de junho de 2012

As Dez Fadinhas



Era uma vez uma menininha que se chamava Elsa. Os pais de Elsa trabalharam muito e acabaram ficando ricos. Mas eles amavam tanto Elsa que não queriam que ela fizesse nenhum trabalho. Ao contrário, muito insensatamente, eles deixavam que ela brincasse o tempo inteiro.
Então, quando Elsa cresceu, ela não sabia fazer nada; não sabia fazer pão, não sabia varrer um quarto, não sabia costurar um pano. Ela só sabia rir e cantar. Mas ela era tão doce e alegre que todos a amavam.
Um dia ela se casou com uma dessas pessoas que a adoravam e ganhou uma casa para tomar conta.
Aí, então, meus amigos, vieram os tempos difíceis para Elsa! Havia tantas coisas para serem feitas na casa e ela não sabia como fazer nenhuma delas! E porque ela nunca tinha trabalhado, se cansava só ao tentar fazer alguma coisa. Ela ficava cansada mesmo antes da manhã ter terminado, todo dia. A criada vinha e perguntava:
- Como devo fazer isso?
Ou:
- Como devo fazer aquilo?
E Elsa respondia:
- Eu não sei.
Então a criada fingia que ela também não sabia e quando via a patroa sentada, fazendo nada, ela também se sentava e nada fazia.
O marido de Elsa começou a se aborrecer; ele nunca tinha nada bom para comer, e ainda assim nunca ficava pronto na hora certa, e a casa estava uma bagunça só. Isso o entristecia, e aquilo entristecia Elsa, pois ela queria fazer tudo certinho.
Até que um dia, o marido de Elsa foi trabalhar muito chateado. Ele disse para ela:
- Não me admira que a casa esteja assim quando você fica sentada o dia inteiro!
Elsa chorou amargamente quando ele se foi, pois ela não queria fazer o marido infeliz e aborrecido e ela queria que a casa parecesse bonita.
- Oh, meu Deus! - ela soluçou. - Eu queria poder fazer as coisas direito! Eu queria poder trabalhar! Eu queria... Eu queria... Ah, eu queria dez boas fadas para trabalharem para mim! Aí eu poderia ajeitar a casa...
Tão logo ela disse essas palavras, um homem enorme, cinzento, apareceu diante dela. Ele estava vestido com um estranho casaco cinza, que o cobria da cabeça aos pés. O homem sorriu para Elsa.
- Qual o problema, minha querida? - ele disse. - Por que chora?
- Oh, eu estou chorando porque não sei manter a casa. - respondeu Elsa. - Eu não sei fazer pão, não sei varrer, nem sei costurar. Quando era uma menininha, nunca aprendi a trabalhar e agora não consigo fazer nada cero. Eu gostaria de ter dez boas fadas para me ajudarem!
- Você as terá, querida! - disse o homem cinza.
E ele mexeu no seu estranho casaco.
Puf! De lá saíram dez pequeninas fadas!
- Estas serão suas servas, Elsa, - disse o homem. - Elas são leais e inteligentes e farão tudo que você quiser que elas façam. Mas os vizinhos poderão ficar curiosos e querer bisbilhotar se virem estes pequenos seres se movendo pela sua casa, então eu vou escondê-las para você. Dê-me suas inúteis mãos.
Elsa estendeu as mãozinhas pequenas e graciosas.
- Agora estique estes pequenos e inúteis dedinhos, querida!
Ela esticou os dedos rosados.
O homem cinzento tocou cada um dos dez dedinhos de Elsa e, à medida que tocava cada um, ia dizendo os nomes deles:
- Polegar, indicador, dedo médio, anular, mindinho!
De novo, na outra mão:
- Polegar, indicador, dedo médio, anular, mindinho!
E enquanto ele nomeava cada um dos dedos, um após o outro, as pequenas fadinhas inclinavam suas cabecinhas; havia uma fada para cada dedinho.
- Vamos, escondam-se! - ordenou o homem às fadinhas.
As fadas voaram para o joelho de Elsa, depois para as palmas das mãos dela e sumiram! Elas estavam todas escondidas nos dedinhos cor-de-rosa, uma fada para cada dedo.
Quando Elsa se virou para agradecer ao homem, este já tinha desaparecido. Ela então se sentou e olhou maravilhada para as mãozinhas brancas e os dez dedinhos rosados. Mas subitamente os dedos começaram a se mexer. As fadinhas que estavam escondidas ali não estavam acostumadas a ficarem fazendo nada e já começavam a se impacientar. Eles se agitaram tanto que Elsa pulou e correu para a cozinha. Pegou a tábua de fazer pão e, assim que tocou nela, as fadinhas começaram a trabalhar: elas mediram a farinha, mexeram a massa, fizeram os pães e deixaram-nos fermentar. Num piscar de olhos, o pão estava pronto e mais gostoso que se poderia desejar.
As fadinhas então pegaram a vassoura e num instantinho a casa ficou limpa. E assim continuou, o dia inteiro. Elsa corria de uma coisa para outra e as dez fadas a ajudavam a fazer tudo certinho.
Quando a criada viu a patroa trabalhando, ela também começou a trabalhar. E quando viu o quão bem tudo estava sendo feito, ficou envergonhada de ter sido tão preguiçosa. Num instante a casa estava toda arrumada, tudo feito e Elsa podia rir e cantar de novo.
Nunca mais houve aborrecimentos naquela casa. O marido de Elsa ficou tão orgulhoso dela que vivia dizendo para todos:
- Minha avó era uma boa dona de casa, minha mãe era uma boa dona de casa, mas nenhuma das duas chega aos pés da minha esposa. Ela tem apenas uma criada mas, vendo o serviço feito, você iria pensar que ela tem tantas criadas quantos são os dedos que ela tem nas mãos!
Quando Elsa ouvia isso, ela ria, ria, mas nunca contou seu segredo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário