Por que há tanto petróleo nos países do oriente médio?
Sorte deles. Tudo lá favoreceu a formação de vastos lençóis, desde a estrutura do solo até o clima seco. “A Península Arábica é um fragmento do continente africano que migrou para o norte, há 25 milhões de anos, chocando-se com a Ásia”, recapitula o geólogo Peter Sztimari, da Petrobrás, no Rio de Janeiro. A placa de solo sobre a qual a Arábia se assenta continua colidindo com a placa eurasiana, onde estão o Iraque e o Irã.
Esse movimento provoca “dobras” nas camadas do subsolo criando “vãos” onde o óleo se acumula até 3 quilômetros abaixo do chão, beneficiando países como Arábia Saudita, Kuwait, Irã e Iraque. Em geral, a existência dessa dobras é uma condição para que se formem grandes lençóis de óleo.
Além disso outros fatores ajudaram a enriquecer o subsolo do Oriente Médio. Uma grande quantidade de sedimentos formados por erosão se acumulou por toda a região, soterrando uma imensa quantidade de material orgânico que, decomposto, virou petróleo. E mais: a área toda é rica em sal, que forma uma capa protetora na superfície, impedindo a água de penetrar no solo e contaminar o óleo. “A secura é outra vantagem.
Há pouca chuva para derreter o sal e invadir os reservatórios”, conclui Szatimari.
Texto 16
O ÓLEO APRISIONADO
O petróleo fica preso nas camadas do subsolo até ser retirado por um poço, de perfuração.
No Oriente Médio, duas placas tectônicas estão em choque. O atrito provoca a formação de vãos nas camadas geológicas, abrindo espaço para o acúmulo de óleo.
Super /Dez 1997
O petróleo fica preso nas camadas do subsolo até ser retirado por um poço, de perfuração.
No Oriente Médio, duas placas tectônicas estão em choque. O atrito provoca a formação de vãos nas camadas geológicas, abrindo espaço para o acúmulo de óleo.
Super /Dez 1997
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