Os
beija-flores ou colibris estão entre as menores aves do mundo e são as únicas
capazes de ficar voando no mesmo lugar, como um helicóptero, ou de voar para
trás. Para isso, porém, as suas pequenas asas precisam movimentar-se muito
depressa, o que gasta muita energia. Assim, eles precisam se alimentar
bastante, e algumas espécies podem comer em um único dia até oito vezes o seu
próprio peso. Uau!
O
Balança-Rabo-Canela é um beija-flor pequeno que pesa apenas nove gramas e só
existe no brasil. Ele tem as costas esverdeadas e a parte de baixo do corpo na
cor canela, com um tom mais escuro na garganta. As penas da cauda, por sua vez,
são de cor bronze e têm as pontas brancas. A ave possui ainda uma fina listra
branca em cima e embaixo dos olhos.
Assim
como os outros beija-flores, o Balança-Rabo-Canela geralmente se alimenta de
pequenos insetos, aranha e néctar, um líquido doce produzido pelas flores. Para
sugá-lo, essas aves têm uma língua com ponta dupla, que forma dois pequenos
canudos.
É comum
os beija-flores ficarem com os grãos de pólen das flores grudados nas penas e
no bico depois de sugarem o néctar. Assim, acabam levando-os de uma flor a
outra, à medida que seguem seu caminho. Como as flores precisam do pólen para
produzir sementes, os beija-flores, sem querer, ajudam-nas ao fazer esse
transporte e acabam beneficiados também, afinal, o néctar das flores é um dos
seus alimentos.
Os
beija-flores enxergam muito bem, e muitas flores possuem cores fortes, como
vermelho ou laranja, para atraírem a sua atenção. Embora muito pequenas, essas
aves são muito valentes e sabem defender seus recursos, como as flores que
utilizam para se alimentar. Assim, alguns machos podem até expulsar as fêmeas
da sua própria espécie caso elas cheguem perto da comida. Na luta pela
sobrevivência parece não haver espaço para gentileza, machos e fêmeas
geralmente se juntam apenas na época da reprodução.
O
Balança-Rabo-Canela coloca seus ovos de setembro a fevereiro e choca-os durante
15 dias. A fêmea é quem constrói o ninho e também cuida dos filhotes por quase
um mês após o nascimento para que eles consigam sobreviver sozinhos.
O pequeno
Balança-Rabo-Canela está ameaçado de extinção por conta da destruição do
ambiente onde vive, ou seja, do seu habitat. As matas, que servem de lar para
essa ave, estão sendo destruídas de maneira acelerada para a criação de
animais, o cultivo de alimentos, a instalação de indústrias e pelo crescimento
das cidades. Portanto, precisamos preservá-las para que esse belo beija-flor
não desapareça para sempre.
Fonseca, Lorena c.n; Alves, Maria Alice. Procura-se! Ciência hoje para crianças, Rio de Janeiro, n.159, jul. 2005.
1- O Balança-Rabo-Canela é um beija-flor que:
(a) pesa apenas nove gramas.
(b) põe ovos o ano inteiro.
(c) possui uma lista branca nas asas.
(d) tem as costas cor de bronze.
2- Em “assim, acabam levando-os de uma flor a outra, à medida que seguem seu caminho”, o termo destacado refere-se a:
(a) brotos em geral.
(b) colibris pequenos.
(c) grãos de pólen.
(d) insetos comestíveis.
3- O Balança-Rabo-Canela, depois de sugar o néctar:
(a) alimenta-se de insetos variados.
(b) auxilia as fêmeas na criação dos filhotes.
(c) contribui para a reprodução das flores.
(d) cuida dos filhotes por quase um mês.
4- Os beija-flores estão ameaçado de extinção por que:
(a) comem até oito vezes o seu próprio peso.
(b) o ambiente em que eles vivem está sendo destruído.
(c) gastam muita energia para voar.
(d) têm de lutar constantemente por seus recursos.
5- O texto “procura-se!”:
(a) informa sobre o perigo de extinção dos beija-flores chamados de “Balança-Rabo- Canela”.
(b) inventa algumas características sobre os beija-flores chamados de “Balança-Rabo-Canela”.
(c) traz um relato de experiência científica com os beija-flores chamados de “Balança-Rabo-Canela”.
(d) anuncia que alguém está procurando beija-flores chamados de “balança-rabo-canela” para comprar.
6- A questão central tratada no texto é:
(a) a preservação dos beija-flores.
(b) a reprodução de animais silvestres
(c) o crescimento das cidades.
(d) o hábito alimentar das aves.
Fonte:
Grupo Professores Solidários
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