twitterfacebookemail

Olá amigos!

Olá amigos!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

UM RATINHO MUITO ESPERTO


 Maria Hilda de J. Alão
 

Um ratinho, depois passar muito tempo procurando comida, resolveu voltar para sua toca no tronco de uma árvore seca e muito velha. Vinha meio triste porque não encontrara comida suficiente para encher o seu estômago. De repente ouviu um silvo forte. Era uma cobra aninhada em um monte de capim seco na margem do rio.
- Olá, belo ratinho! Chegou bem na hora.
- Na hora? – perguntou o ratinho intrigado.
- Sim, meu caro! Na hora do meu almoço, ah,ah,ah.
- Mas eu não sirvo para seu almoço. Veja como eu estou magro e sujo. Passei a manhã toda correndo a procura de comida. A senhora não vai querer almoçar um rato fedido como eu, vai?
- Ora, não seja bobo. Para mim o que interessa é comer. Não me importa a sua higiene. Prepara-se porque eu vou hipnotizá-lo para abocanhá-lo mais facilmente, ah, ah, ah.
O cérebro do ratinho trabalhava rapidamente procurando uma maneira de escapar da cobra. Pensou em correr. Não. Isso não seria uma atitude esperta. A cobra estava faminta e o pegaria no primeiro bote. Olhou em volta. Nada havia que pudesse ajudá-lo. Então a cobra levantou a cabeça e começou a executar a dança da hipnose. O ratinho começou a ficar meio sonolento, mesmo assim o cérebro continuava trabalhando. Com os olhos quase fechados ele viu que a cobra havia mudado de pele recentemente. Como ele sabia? Pelo resto de pele velha ainda grudada no rabo da cobra. E foi com muito esforço que ele disse para a cobra.
- A senhora cobra está com um vestido novo. É muito bonito e elegante. Esta pele nova a deixa tão linda. Sabe que não há nesta mata uma cobra tão elegante quanto a senhora?
Neste exato momento a cobra parou a dança da hipnose e com um quase sorriso na boca imensa perguntou:
- Você acha, ratinho? Estou mesmo elegante com esta pele nova?
- Elegantíssima dona cobra! Olhe-se na água do rio.
E a cobra vaidosa virou a cabeça para se olhar no espelho da água que corria mansamente. O ratinho, recuperado da tonteira que a dança da cobra provocou na sua cabeça, saiu correndo pondo-se bem distante do alcance da cobra. 
- Ufa! Essa foi por pouco. Nada como apelar para a vaidade feminina. Adeus, dona cobra! ah, ah, ah! Agora quem ri sou eu!  – gritou o ratinho voltando para a sua toca no tronco da árvore seca. 
 www.usinadeletras.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário