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Olá amigos!

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sábado, 21 de janeiro de 2012

Carta na íntegra

 CARTA NA ÍNTEGRA
Cara Thais,

Acredito que o objetivo de sua reportagem tenha sido, de tentar demonstrar o quanto a sociedade vem se degradando, dia a dia. Noto uma sutil indignação, quando aponta claramente uma conceituada marca como a LEGO, tenha supostamente permitido que existissem em sua linha, alguns produtos fazendo apologia a violência.
Apesar de eu concordar com sua colocação de que a violência cresce assustadoramente e de que os dados sobre a os crimes cometidos demonstrarem isto, discordo da opinião de que o brinquedo da LEGO tenha feito apologia ao crime, por uma série de motivos:
- A violência com certeza não é o foco do fabricante do brinquedo visto que tanto na Dinamarca (onde é projetado), quanto em toda a Europa e Estados Unidos onde possui um vasto mercado consumidor, estes países possuem departamentos de controle, que fazem estudos aprofundados sobre a classificação de jogos e brinquedos. São estes departamentos que classificam qual a faixa etária recomendada e qual o grau de violência e de linguagem a que o produto pode ser destinado e não o fabricante.
Estas exigências rígidas com relação a classificação seguem um padrão internacional. Apesar de isto não ditar os parâmetros para o Brasil, creio que não devem ser completamente desprezados pelos Brasileiros.
- Apesar da crescente onda de assaltos a caixas eletrônicos que assola o país, certamente a LEGO não lançou o conjunto pensando nisto. Trata-se de uma infeliz coincidência, visto que os conjuntos são projetados e fabricados na Europa, quase sempre, cerca de um ano antes do seu lançamento. Acredito firmemente que a LEGO não têm nem de longe, o objetivo de refletir a nossa realidade, para que de alguma forma pudesse se beneficiar disto no mercado Brasileiro.
- Mesmo eu podendo imaginar o motivo de ter escolhido a LEGO (por sua excelente reputação), como exemplo para matéria, não poderia jamais excluir outros fabricantes (que sabemos que há), correndo o risco de causar a impressão de não estar sendo imparcial.
Minha opinião é de que a relação entre a violência e a nossa juventude, está muito mais ligada à falta de apoio e orientação em casa. Muitos Pais acabam terceirizando a educação dos filhos a outros. Entenda que há uma diferença entre a educação de responsabilidade dos Pais, da formação Escolar. Muitos Pais confundem isto e chegam a acreditar, que a Escola tem este papel, o que não é verdade.
É necessário que os Pais acordem para a necessidade, de que devem participar de perto da vida de seus filhos, acompanhando e monitorando. Assim ele pode mostrar a diferença entre o certo e o errado, não deixando dúvidas quanto a quem deve ser o vitorioso e porque, no brinquedo da LEGO.
Eu brinco junto com meus filhos e não acho isto perda de tempo, nem me sinto um adulto infantilizado por isto. Precisamos ser Pais mais amorosos e menos preguiçosos.

Abraços,
Pedro Abrantes dos Santos

Versão publicada no DIÁRIO, edição de 30/7/2011
Brinquedo da Lego não faz apologia à violência

Em relação à reportagem “Diversão imita o crime” (Dia a Dia, 28/7), notei uma sutil indignação, no texto quando aponta  que   a  marca  Lego tenha supostamente permitido que existissem em sua linha produtos fazendo apologia  à  violência.  Discordo desta opinião:  a violência  não é o foco do fabricante do brinquedo,  visto que tanto na Dinamarca (onde é projetado) quanto  na Europa e nos EUA  há departamentos de controle, que fazem estudos aprofundados sobre a classificação de jogos e brinquedos. Apesar da crescente onda de assaltos a caixas eletrônicos no país, certamente a Lego não lançou o conjunto pensando nisso. Trata-se de infeliz coincidência, visto que os conjuntos são projetados e fabricados na Europa, quase sempre, cerca de um ano antes do seu lançamento. Acredito  que a Lego não tem  o objetivo de refletir  nossa realidade, para que, de alguma forma, pudesse se beneficiar disso no mercado brasileiro.
Pedro Abrantes dos Santos, por e-mail
Enviada em: sexta-feira, 29 de julho de 2011 18:44
Assunto: Sobre reportagem do dia 28/07/2011 "diversão imita o crime"
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EXPLICAÇÃO DO EDITOR
O exemplo é a carta acima, que chegou muito grande e a reduzimos para o tamanho que ficou, logo acima da original. A carta se refere à opinião de um leitor a respeito de uma reportagem que fizemos sobre a Lego (fabricante de brinquedos) possuir uma linha de brinquedos que mostra um caixa eletrônico sendo arrombado, isto é, supostamente fazendo apologia à violência. O cuidado sempre é manter a ideia central do leitor e cortar  as ideias periféricas ao assunto, advérbios, adjetivos, enfim, todo tipo de construção redundante que nada ou pouco acrescenta ao conteúdo.

Qualquer dúvida ou explicação, por favor, pode entrar em contato.
abs.
Jorge Blat
Editoria de Opinião - Diário de S. Paulo

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